O livro A Arte da Guerra, de Sun Tzu, foi escrito 400 anos antes de Cristo. Pouco se sabe sobre a vida do general chinês. Acredita-se que, além de general, Sun foi também estrategista e filósofo. Existem historiadores que questionam sua existência. Estes, afirmam que A Arte da Guerra foi escrito por várias pessoas diferentes ao longo do tempo.
Mesmo que Sun tenha sido uma lenda criada por várias pessoas, isso não diminui o impacto que A Arte da Guerra teve e ainda tem sobre a cultura mundial. Neste artigo, você verá 5 lições sobre este grande clássico.
Quem foi Sun Tzu?
Conta-se que o rei de Wu testou Sun Tzu antes de contratá-lo. O rei ordenou que o mestre da guerra treinasse 180 concubinas para que elas se tornassem soldados. Sun começou o treinamento dividindo as concubinas em dois batalhões e nomeando as duas preferidas do rei como as líderes de cada um deles. No entanto, quando Sun deu uma ordem a elas, as mulheres riram e não obedeceram. Conta-se que ele passou a ordem novamente e, tendo elas rido outra vez, o general mandou sacrificar as duas. E o fez, mesmo com os protestos do rei. Conta-se que nunca mais uma ordem sua foi ignorada. Para o rei, Sun falou que, se os soldados não cumpriam as ordens dadas pelo general, a responsabilidade era dos oficiais. Explicou, ainda, que quando um general desse uma ordem, a mesma deveria ser cumprida, ainda que o rei protestasse.
É um relato bem forte, mas já nessa história sobre a admissão de Sun temos uma ideia dos princípios que ele defenderia em seu livro.
Arte da Guerra e capitalismo selvagem
Você já parou para pensar na influência que A Arte da Guerra teve no pensamento de muitos empresários do mundo de hoje? Este livro ser um best-seller contribuiu para uma analogia entre a sucesso nos negócios e as táticas de guerra.
Fazer a empresa vencer a concorrência ou ser um grande executivo pode tornar a vida de uma pessoa muito emocionante. Apenas é importante garantir que os exemplos de Sun sejam vistos como realmente são: uma metáfora.
Ao longo dessa leitura e, caso deseje se aprofundar no livro do sábio chinês, você vai perceber que a Arte da Guerra é sobre conflitos sangrentos, numa época em que a guerra era feita “mano a mano”. E, muitas vezes, simplesmente transferir essa lógica para o mundo dos negócios pode ser devastador.
Um erro comum aos que conhecem a obra de Sun Tzu superficialmente é pensar que a agressividade e o ataque são uma forma de vencer. Aqui você vai perceber que uma visão analítica pode ser mais valiosa para um líder do que apenas atacar o inimigo e submeter suas “tropas” a longos períodos de combate.
1. Entenda as 5 constâncias
De acordo com Sun, a Arte da Guerra é regida por alguns fatores essenciais:
- Unidade moral: toda a equipe deve estar ciente e muito convencida das ideias da empresa, para que sua atuação seja ágil;
- Mudanças: o contexto muda o tempo todo, as temporadas de vendas, o mercado, os clientes, os concorrentes, a tecnologia, e é preciso estar conectado a estas transformações e preparado para elas;
- Terreno: as distâncias, as características geográficas do local onde a empresa está, assim como a distribuição de produtos e a distância dos fornecedores, tudo isso deve ser considerado;
- Líder: deve ser referência em sabedoria, honestidade, benevolência, coragem e rigor;
- Processos: é preciso ter um método de trabalho em constante aperfeiçoamento e ser disciplinado em relação e ele. É preciso dar atenção as funções de cada um no grupo, cada um deve saber seu papel.
2. Aproveite as oportunidades
Sun Tzu é categórico em relação a isso: é preciso aproveitar as oportunidades. O grupo que melhor observar as condições e trabalhá-las a seu favor será vitorioso. Até quando a situação é favorável ao seu oponente, encontre uma oportunidade, procure alguma maneira de conseguir vantagens.
Esse oportunismo pode incomodar as pessoas acostumadas aos feitos heroicos e aos cases de sucesso que falam sobre uma luta agressiva entre oponentes. Para Sun, partir para uma longa batalha, sacrificando seu exército e a população de seu país não é o melhor caminho.
A melhor estratégia é vencer pela inteligência:
“Aniquilar um exército inimigo é apenas a segunda melhor opção. Portanto, lutar e vencer em todas as batalhas não constitui o sucesso absoluto: o sucesso absoluto consiste em quebrar a resistência do inimigo sem precisar lutar”.
3. Invista em conhecimento
É importante conhecer a si próprio e também ao seu oponente. Invista em pesquisas de mercado, incentive a equipe a estudar e buscar conhecimento. Jun Tzu disse:
“Aquele que tem autoconhecimento e conhece também ao inimigo estará sempre a salvo. Aquele que possui apenas autoconhecimento pode tanto ganhar quanto perder, já aquele que desconhece tanto a si mesmo quanto a seus inimigos, sucumbirá a todas as batalhas”.
4. Aprenda o ataque estratégico
As regras do ataque estratégico são pensadas de acordo com as forças de seu oponente comparadas as suas:
- Quando sua força for 10 vezes maior do que a de seu oponente: faça um cerco ao seu redor;
- Se você for 5 vezes maior, ataque;
- Caso seja 2 vezes maior, divida sua equipe em dois, enviando um grupo para atacar pela frente e outro pela retaguarda;
- Se vocês forem iguais em força, procure dividir o exército inimigo para, então, atacá-lo;
- Nas ocasiões em que o inimigo for mais forte, evite o combate direto.
5. Conheça as 5 faltas perigosas de um líder
Reflita muito sobre cada um desses pontos. É melhor aprender pelo exemplo do que viver a ruína para, então, despertar:
- Imprudência;
- Covardia;
- Temperamento vulnerável;
- Vingança;
- Excesso de preocupações por falta de prioridade.
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