Ana Paula Padrão

Ana Paula Padrão revela sua emocionante história sobre levar um não

Ana Paula Padrão deu uma palestra no evento Day 1 promovido pela Endeavor Brasil em 2018. Nesta palestra, a jornalista conta sobre sua história de vida e compartilha conosco o seu Dia Um. O Day 1 ou Dia Um é um dia marcante, aquele que faz toda a diferença na vida de um empreendedor. O dia um tem a ver com escolhas, com transformação e com um processo que leva até a este dia.

Você deve conhecer a Ana Paula Padrão do Masterchef, o reality show de culinária mais famoso do Brasil. Se você tiver mais primaveras vividas, também se lembrará dela na bancada de grandes telejornais brasileiros. Mas Ana Paula Padrão é muito mais do que isso. E olha que isso já é demais, não?

O que significa um não?

Ana Paula Padrão

Essa é a pergunta que Ana Paula Padrão faz durante sua palestra no evento da Endeavor. Se você é do tipo de pessoa inquieta que busca fazer coisas inovadores e criativas, certamente, tem uma relação de proximidade com o não. Assim como você, essa brasiliense sonhadora teve que lidar com muitos nãos antes de chegar onde está hoje.

E para Ana Paula, um não nem sempre quer dizer que você deve desistir. O não pode indicar que você ainda não pegou o caminho certo. Então, se você se posicionar de outra maneira, o não pode virar talvez, e, muitas vezes pode virar sim.

“Isso não é para você”

A primeira vez que Ana Paula tentou uma vaga de emprego numa grande emissora foi no início de sua carreira. Ela já trabalhava em rádio, mas enviou seu material para a então TV Manchete. Lá a jovem sonhadora recebeu um não. Mais do que isso, teve de ouvir coisas como: “Você nunca vai conseguir, isso não é para você, desista”.

Ana Paula persistiu, começou a trabalhar em uma emissora local em Brasília e logo foi convidada para trabalhar na Rede Globo. Ainda que estivesse numa grande emissora, recebeu nãos em muitas ocasiões. Por ser mulher, foi desencorajada a fazer matérias consideradas perigosas e para provar que era capaz, foi se embrutecendo um pouco. As referências de força e sucesso no mercado de trabalho na década de 1980, diz ela, eram de masculinidade. E, assim, a pequena Ana Paula se encheu de ombreiras e criou uma versão mais dura de si mesma. Para compreender tudo isso que passou, mergulhou no universo das mulheres e começou a estudá-las, investigá-las e escrever sobre elas.

Perigoso demais… Será?

Foi crescendo na profissão e chegou a trabalhar como representante internacional da Rede Globo em Londres. Mas o que queria mesmo era ir para o Afeganistão. Seus colegas de trabalho, mais velhos e experientes a desestimularam, riram dela. Mais uma vez o não. Ainda assim, ela não desistiu, pois se sentia capaz: “Eu poderia empreender o que eu quisesse, mesmo que me dissessem que era muito perigoso, muito difícil e que eu jamais conseguiria”. E foi para o Afeganistão.

Quando voltou ao Brasil, Ana Paula já era uma jornalista experiente e respeitada. Trabalhou como âncora, habitou o interior dos grandes meios de comunicação. Mas a carapaça que precisava usar para esconder sua feminilidade começou a ficar pesada demais. Aquele não era o lugar que ela queria.

O não de dentro

E enfrentou mais nãos, dessa vez os dela mesma: foi chamada para ser âncora em 3 emissoras grandes, só que não era isso que queria. Acreditou que havia algo de errado com ela mesma, pois o mercado não poderia estar equivocado. Então, começou a buscar cada vez mais o que a interessava: a realidade das mulheres.

Com isso, mudou sua estratégia. Das propostas que recebeu, escolheu o emprego exigis menos tempo e dedicação. E aí começou a buscar o sim.

Finalmente o sim

Hoje é sócia de uma empresa que dá treinamento profissional para mulheres, uma plataforma de cursos à distância voltados principalmente para empresas capacitarem suas funcionárias e poderem lidar com as especificidades de ser mulher no mercado de trabalho.

Hoje Ana Paula contribui para que milhares de mulheres não precisem recorrer a uma carapaça para adentrar no mundo do trabalho. E ensina também as empresas e lidar com a leveza e delicadeza das mulheres, com a maternidade das funcionárias e oferecer oportunidades de liderança para essas trabalhadoras. Esse é o sim que Ana Paula buscava e levou uma vida para conseguir… Para ela o impossível é, de fato, só uma questão de opinião.

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