Amor platônico

Amor platônico: 5 surpreendentes impactos dessa forma de amar em sua vida

O amor platônico é conhecido como aquela paixão arrebatadora e instantânea por alguém que sequer conhecemos. Quem nunca teve aquele crush que te deixou febril só porque te olhou por dois segundos? A paixão à primeira vista é uma das formas mais conhecidas de amor platônico. Mas não é o único.

Na verdade, muita gente tem uma relação de amor platônico em várias esferas da vida, não apenas na amorosa. E isso pode trazer consequências boas e ruins. O objetivo não é apontar certo e errado, mas ser consciente da forma como você lida com seu desejo. Isso mesmo, o amor platônico é o amor do desejo.

O que é amor platônico?

Amor platônico: 5 surpreendentes impactos dessa forma de amar em sua vida 1

Já fizemos um artigo aqui no blog sobre as várias formas de amar. Se você ainda não viu, vale muito a pena dar uma olhada:

O amor platônico leva esse nome por causa do famoso filósofo Platão, porque foi ele que ficou conhecido por definir esse sentimento. Chamado originalmente de eros, essa forma de amor é o desejo. Simbolizado pelo Cupido, ser mitológico da cultura grega, esse sentimento é aquele que nos pega de jeito, de uma hora pra outra, e nos deixa caidinhos. Nas relações amorosas, o eros pode tomar a forma de uma paixonite ou de um amor à primeira vista.

Muito em alta no século XVIII e XIX na Europa, quando o movimento Romântico levava poetas, escritores e artistas a serem platônicos da cabeça aos pés, esse tipo de amor ainda é muito comum. A palavra crush, por exemplo, que está muito na moda hoje em dia, é uma gíria adaptada do inglês para dar nome, justamente, àquela paixão por uma pessoa que pouco conhecemos.

Essa forma de amar, quando é vivida de forma automática e toma conta de nossa vida, pode trazer consequências. E, agora, vamos falar um pouco sobre elas.

Como essa forma de amar impacta sua vida?

Amor platônico: 5 surpreendentes impactos dessa forma de amar em sua vida 2

Toda a ação produz uma reação. A maneira como lidamos com nossa vida traz, portanto, consequências. E isso pode ser bom ou não. Depende muito do que você acredita. A questão é que precisamos ser conscientes de como agimos, para não ficarmos presos a um ciclo vicioso sem saber como sair.

1. A idealização do que não se tem

A primeira consequência do amor platônico é a idealização. Amamos algo que sequer conhecemos? E como é possível amar algo que não sabemos direito o que é? Essa é a principal contradição do eros.

Quando desejamos algo que não sabemos muito sobre, tendemos a idealizar. Criamos na nossa cabeça um monte de expectativas sobre como é essa coisa ou pessoa que desejamos.

Quer um exemplo?

Digamos que você deseje muito uma profissão, como a de médico, por exemplo. Mas você não sabe muito sobre como é a rotina de um médico. Não sabe quais são as dificuldades dessa área de atuação e nem imagina como é o processo de formação de um médico. Então, você cria no plano ideal, na imaginação, várias imagens de você de jaleco e estetoscópio pendurado no pescoço, atendendo pessoas e salvando vidas todos os dias.

Aí, você batalha muito para satisfazer esse desejo e, quando finalmente chega lá, percebe que não era nada do que imaginava! Os paciente não agem como você gostaria, a rotina é muito mais cansativa do que você poderia supor e nem sempre é possível salvar vidas. Nesse momento vem o baque da frustração e, se você não estiver preparado, pode desistir ou, pior, perder o gosto pelo que batalhou tanto para conquistar.

2. O sofrimento do desejo pelo que é inatingível

Amor platônico: 5 surpreendentes impactos dessa forma de amar em sua vida 3

Quando você era criança chegou a ficar doente porque queria alguma coisa que seus pais não compraram para você? É disso que falamos quando dizemos que o desejo pode causar sofrimento.

Há quem curta uma sofrência, mas ficar preso a uma situação desagradável pode ser torturante. Um amor não correspondido, uma vaga de emprego que não conseguimos, um plano que falou. Todas essas são situações que fazem parte da frustração que o desejo incontrolável pode causar. Não saber lidar com isso pode te prender num ciclo de amargura.

3. Um gostinho de não quero mais

Outro aspecto do eros incontrolável é o sentimento de insatisfação. Quando o que nos move é apenas o desejo pelo que não temos, podemos ter dificuldade de aproveitar o que já conquistamos.

Você já se sentiu assim? Diante de uma conquista, a alegria dura muito pouco, logo já está buscando um novo objetivo e entrando num novo ciclo de desejo. Isso pode ser bem cansativo e nos impede de ver as coisas pelo lado bom. E isso nos leva à quarta consequência do amor platônico.

4. Nada está bom

O copo está sempre meio vazio. Não somos capazes de ver as coisas boas que acontecem ao nosso redor. Esse é um estado bem complicado de desejo. Principalmente quando sequer sabemos direito o que queremos. Sabe, às vezes, decidir amar o que temos pode parecer acomodação. Mas não é bem assim.

5. Uma busca desenfreada

Viver sob a lógica do amor platônico tem a vantagem de nos mover para adiante, para tentar conquistar coisas. O problema é quando essa forma de pensar e agir nos prende a um inconformismo crônico. Quando foi a última vez que você se sentiu grato pelas coisas simples da sua vida?

Para saber mais sobre o amor

O professor de ética e filósofo Clovis de Barros Filho deu uma palestra chamada A vida que vale a pena ser vivida. Ele, inclusive, escreveu um livro com este mesmo nome. Se você quer entender melhor sobre como o amor platônico funciona em todas as esferas da vida, assista a esta palestra. Esse vídeo pode mudar a forma como você vive suas paixões e pode te ajudar a lidar melhor com o sofrimento do desejo.

E já que está por aqui, confira também esse artigo sobre a arte de aproveitar a vida:

O que achou do artigo? Comente!